A primeira palestra do dia foi bem procurada, com o tema Blogs e Humor, buscava traçar um paralelo entre os diversos perfis de humoristas existentes.
Contudo, não teve a mesma fluidez dos debates anteriores. Em suma o consenso geral foi que a internet quebra as barreiras do regionalismo e permite que o humor cresça sem limitações ou preconceitos, facilitando assim o blogueiro que pode trabalhar com mais sagacidade e simplicidade.
Já na segunda palestra do dia foi enfatizada a importância de um estudo durante a criação e/ou alteração dos layouts web. Foi uma palestra rápida, porém que gerou muitos questionamentos por parte dos campuseiros.
A palestra sobre Ciberculturas teve uma banca formada apenas por estudiosos acadêmicos, algo totalmente diferente de todas as demais palestras da Campus Party.
Foi interessante verificar um ponto de vista totalmente diferente do clima do evento, um exemplo desse ponto de vista é a interpretação do pesquisador
Henrique Antoun que disse a seguinte frase:
“A internet destrói a democracia”.
Já no ponto de vista do pesquisador
Rogério Christofoletti os blogs vão continuar sendo interesse de pesquisa, contudo existe a necessidade de desenvolver outras metodologias para se entender os blogs bem como a Internet.
Para
André Lemos os blogs e a internet são como um microcosmo, onde existe uma dinâmica de criação e consumo de informação muito mais forte do que os meios de comunicação (que seriam apenas de informação) de massa (rádio, TV, Jornais).
A pesquisadora
Sandra Montardo já analisa os blogs de uma forma mais mercadológica. Para Sandra os blogs podem ser utilizados para uma analise de aceitação de marcas por exemplo.
As 15:45Hrs iniciou-se o debate sobre Direito e Internet. Até onde vai o direito de um blogueiro e sua liberdade de expressão? As empresas podem mesmo fazer tudo? Até que ponto o Direito é usado para proteger uma marca ou produto/alguém, e quando ele começa a calar o cidadão? (no caso o blogueiro).
Uma das soluções citadas foi a dos blogueiros não “temerem” uma ordem judicial, e sim no caso de recebe-lá procurar um advogado para que o mesmo verifique uma forma de proteger seu conteúdo.
Outra questão levantada foi sobre o plágio de conteúdo. O blogueiro tem sim direito de levar a justiça a pessoa que copia e utiliza seu conteúdo sem autorização prévia. Contudo o melhor caminho ainda é o da conciliação informal.
Por fim a ultima palestra acompanhada por mim neste 4º dia de Campus Party Brasil 2010 tratava da evolução das mobilizações sociais via internet, tendo como exemplo a campanha do twitter #ForaSarney.
Durante o debate foi feito uma critica dura a revolução digital,
Marcelo Vitorino questionou os campuseiros se na época das Diretas Já o twitter já existi-se se realmente teríamos conseguido as eleições diretas no Brasil. Na opinião do Marcelo não (e na minha modesta opinião concordo com ele).
Os brasileiros se acomodaram em dar um retwitte, e pronto. A mobilização não dura mais que um clique.
Foi citado que os 7 assuntos mais falados no twitter no momento é o BBB10 (não vou colocar a minha versão da sigla, não é politicamente correta). Em comparação com o #ForaSarney, ele nunca figurou entre os mais twittados.
Até que ponto a revolução realmente acontece via web? Segundo
Rafael Ziggy as novas ferramentas de mídia digital devem atuar como facilitadores para a mobilização da população, e não como a própria mobilização.
Após o debate, eu termino esse post com uma frase que me chamou a atenção.
Frase:
“É muito mais fácil juntar 20 pessoas para tomar cerveja, do que 1 para doar sangue”
Marcelo Vitorino